Qual o impacto das novas tecnologias no aprendizado das crianças e jovens? O que temos hoje é o seguinte cenário: nunca houve tanta informação disponível, principalmente quando falamos de internet. O problema é que nesta quantidade enorme de informações, existem informações boas e ruins.
A grande crítica sobre o tema é que a internet traz muitos textos de péssima qualidade e informações superficiais. Isto é um fato. Porém, prejudica o aprendizado de nossas crianças? Sinceramente, acredito que não. Hoje as crianças estão muito mais sagazes e dinâmicas do que antigamente. Como exemplo, tenho uma sobrinha de 10 anos que tem o hábito de, ao fazer o dever de casa, consultar o Google quando tem dúvidas e, caso ainda não tenha entendido, pergunta para a professora na aula seguinte. Na década de 80, quando eu estava em idade escolar, algo assim nem passava pelas nossas cabeças.
Isto está forçando uma mudança no papel do professor em sala de aula, seja no ensino básico, fundamental, médio ou superior. E aqui reside um problema: o professor, como qualquer outro profissional é avesso à mudança. É mais fácil criticar novas técnicas e ferramentas do que adaptar-se a elas. Ao invés do professor criticar os alunos por terem ido buscar coisas na internet, que tal sugerir bons sites de conteúdo e blogs para os alunos? Imagine um professor de história, ao falar de história egípcia dar o endereço de sites de museus, como o britânico ou o Louvre, onde raridades egípcias estão expostas? Um professor de física, ao falar sobre termodinâmica, oferecer vídeos na internet com experiências práticas sobre o tema? Isto pode ser aplicável em praticamente todas as áreas. A internet existe e veio para ficar, então, que seja usada a nosso favor.
Sobre a internet trazer, na maioria das vezes textos superficiais, também é correto. Porém, como incentivar a leitura de obras densas se não há a leitura de textos superficiais? A internet tem o poder de iniciar os jovens na leitura e também uma noção de pesquisa, traz um desejo de se descobrir coisas novas, fato inclusive confirmado pela avaliação do Pisa (disponível em http://educacao.uol.com.br/ultnot/2011/01/18/e-mail-bate-papo-e-pesquisa-online-melhoram-nota-em-teste-de-leitura.jhtm). Entretanto, um envolvimento maior dos pais e dos educadores sobre o que os filhos fazem na internet é fundamental. Será que estão preparados?
São fatos que devemos levar em consideração, sabemos bem que a internet não restringe-se apenas a informações boas ou ruins, devemos incluir informacões nocivas ao desenvolvimento moral e humano. È necessário nos perguntar quando as crianças vão estar preparadas para discernir sobre o conteudo exposto na internet?
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