sábado, 31 de dezembro de 2011

Brasil, 6a economia do mundo?


Neste final de ano fomos informados que, provavelmente, o PIB brasileiro superará o britânico, nos alçando ao posto de 6a maior economia mundial. Isto significa que somos o 6o país mais rico do mundo?
Bem, depende. O cálculo de tamanho de riqueza pelo tamanho do PIB tem um problema metodológico grave, visto que, quanto maior a população, maior o PIB, pela simples razão de ter uma maior população. Imaginem uma residência onde moram 20 pessoas ganhando R$ 500,00 cada por mês e uma segunda residência onde uma pessoa more sozinha e ganhe R$ 8.000,00 mensais. Qual das casas é a mais rica? Obviamente é a segunda, mas, ao olharmos o tamanho do PIB puro e simples, a primeira casa é mais rica, pois, 20 pessoas ganhando R$ 500,00 geram uma renda total de R$ 10.000,00 mensais.
Analisando os dados de 2010 (os últimos efetivamente consolidados), temos o seguinte ranking de riqueza total:

País
1 -  Estados Unidos
2 - China
3 - Japão
4 - Alemanha
5 - França
6 - Reino Unido
7 - Brasil (que será o 6o em 2011)
8 - Itália
9 - Índia
10 - Canadá
11 -  Rússia
12 -  Espanha
13 - México
14 -  Coréia do Sul
15 - Holanda

Porém, ao analisarmos o ranking do PIB per capita, uma medida muito mais sensata de medição de riqueza, temos a seguinte situação:

País
1 -  Luxemburgo
2 - Noruega
3 - Suíça
4 - Dinamarca
5 - Macau
6 -  Suécia
7 -  Estados Unidos
8 - Irlanda
9 -  Holanda
10 -  Canadá
11 -  Áustria
12 -  Finlândia
13 -  Bélgico
14 -  Japão
15 - Singapura

E onde está o Brasil neste ranking? Na singela 49a posição, atrás de países como Eslováquia, Arábia Saudita, Chipre, Croácia, Venezuela, Hungria, Chile, Uruguai e outras "potências" mundiais. Enfim, será que estamos tão ricos assim?

sábado, 17 de dezembro de 2011

Uma linda poesia

Fugindo total aos assuntos deste blog, não posso deixar de dar uma de tio coruja. Minha sobrinha, Isabela Scarpin Contatto, aluna do 7o ano do Colégio Galois em Brasília-DF participou de um sarau em seu colégio e teve sua poesia selecionada para publicação no livro do evento.
A poesia fala sobre algo que minha sobrinha é especialista, "o ser adolescente".

Nos olhos de um adolescente

Nos olhos de um adolescente,
vejo a alegria de viver
e a esperança de um novo amanhecer.

Nos olhos de um adolescente,
vejo as dúvidas da vida
e do futuro que está por vir.

Nos olhos de um adolescente,
vejo um brilho nascer
e a esperança florescer.

Nos olhos de um adolescente
Vejo o futuro da nação.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Tendências econômicas para 2012


Dezembro chegou, Natal se aproxima e o ano se encaminha para o final. Como em todo final de ano, é hora de um balanço do que se passou e do que está por vir.
Na área econômica, o ano foi extremamente agitado. Crises, greves, protestos, desaceleração econômica etc. Vamos separar os acontecimentos por tópicos.
1. Preços de commodities agrícolas. Os preços das commodities agrícolas que estavam muito valorizados no ano de 2010, continuaram com o mesmo comportamento em 2011 e a tendência é de que isto não sofra mudanças em 2012. Provavelmente em 2012 não haverá deflação de alimentos, mas sim uma estabilidade no patamar elevado que se encontra hoje. Uma das poucas commodities que está com preço depreciado é o arroz e a tendência é que esta depreciação se mantenha em 2012, para infelicidade dos produtos catarinenses.
2. Álcool combustível. Justamente pelo tratado no tópico anterior, o preço do açúcar está com tendência de manutenção de preços elevados e, felizmente ou não, o açúcar de cana é o mais competitivo em termos de produtividade e, como o insumo para o açúcar e o álcool são os mesmos (cana), os usineiros continuarão a produzir açúcar em detrimento do álcool combustível, ou seja, os carros flex não verão álcool por um bom tempo, visto que, álcool a R$ 2,49 o litro (média em Blumenau-SC) não é um preço convidativo. A única possibilidade de alteração deste quadro é uma intervenção governamental, seja reduzindo a carga tributária do álcool ou aumentando a carga tributária do açúcar (coisa que acho mais provável, por razões óbvias).
3. Crise europeia. Talvez o fato econômico mais marcante neste ano de 2011. Talvez pela primeira vez desde a reconstrução do pós-guerra, vemos a Europa em situação extremamente frágil. Para se ter uma ideia da fragilidade econômica, a União Europeia suplica por dinheiro do FMI e pede, encarecidamente, que a China, o Brasil e os demais emergentes comprem seus títulos (emprestem dinheiro a eles). Se um brasileiro entrasse em coma nos anos 80 e acordasse apenas hoje, juro que não acreditaria e pensaria que, efetivamente, os maias estavam certos e que o fim do mundo realmente se aproxima. O que espero para 2012 em relação a isto? Infelizmente sou pessimista neste aspecto. Não espero uma recuperação econômica, ao contrário, vejo o BCE comprando mais títulos podres dos estados membros via mercado secundário e a recessão e o desemprego, que em alguns países chega a mais de 20%, aumentando e colocando em risco a sobrevivência do euro no médio prazo.
E quanto ao Brasil? Se a crise europeia se agravar, é lógico que seremos atingidos, assim como o mundo todo o será. O que deve ser feito então é privilegiar o mercado interno, reduzir encargos sobre a produção industrial e não deixar o consumo cair, pois, menos consumo, mais desemprego e menos renda.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Entendendo a Crise Européia

Estamos vendo nas últimas semanas uma explosão de protestos pela Europa, bem como governos enfrentando dificuldades para vender seus títulos soberanos e algumas nações quase em risco de calote. Este tema parece complexo e temos a tendência de culpar os bancos ou o sistema financeiro por todas as crises do sistema capitalista. Entretanto, o tema é mais simples do que aparenta e, pelo menos nesta crise, os bancos são apenas uma parte dos culpados.
A crise fica mais fácil de ser compreendida com um exemplo básico de uma pessoa, que chamaremos de José e será colocado entre parênteses o paralelo com a crise atual. José trabalha e tem uma renda mensal de R$ 5.000,00. Porém, ele e sua família gastam R$ 5.500,00 por mês, além de uma ajuda mensal aos parentes no valor de R$ 2.500,00 por mês, totalizando um gasto mensal de R$ 8.000,00 (descontrole fiscal).
Como José tem um bom crédito na praça, consegue facilmente empréstimos bancários no valor de R$ 3.000,00 mensais para cobrir o rombo nas suas despesas. Esta é uma boa alternativa para manter seu padrão de vida e manter seus parentes satisfeitos com a renda transferida mensalmente a eles (aumento da dívida).
Entretanto, alguns anos atrás, diversas outras pessoas resolveram não pagar suas dívidas e, embora José não tivesse nada a ver diretamente com o fato, os bancos passaram a ser mais cautelosos na hora de fornecer créditos para todo o sistema financeiro (crise de 2008).
Agora, imaginem que José, depois de tanto pegar dinheiro emprestado no banco, tenha uma dívida superior ao que ele consegue produzir em um ano de trabalho (PIB), algo em torno de R$ 70.000,00 para quem fatura apenas R$ 5.000,00. Será que os bancos passarão a olhar para José como possível cliente com risco de calote? Provavelmente sim e, quando o banco percebe isto, a taxa de juros aumenta, pois como há um risco maior de não pagamento, o juro é mais alto para compensar eventual calote, e também o prazo para pagamento é mais curto, visto que não há garantia de pagamento no longo prazo (aumento da taxa de juros da rolagem dos títulos soberanos, que são os títulos que os Estados vendem aos bancos para captar dinheiro).
Neste caso, José tem duas alternativas, cortar gastos e/ou aumentar suas receitas. No caso do corte de gastos deve ser feito em duas frentes. A primeira é reduzindo seu padrão de vida, gastando menos, por exemplo, com sua educação, saúde e segurança (corte de gastos públicos). Já a segunda é reduzindo o valor pago aos parentes (redução de salários de funcionalismo público, redução de aposentadorias e aumento da idade para se aposentar). Agora, analisando friamente, será que José, sua família e seus parentes que são sustentados por ele ficarão contentes com estas medidas ou protestarão contra este corte de gastos, dando a alternativa de simplesmente dar calote nos bancos como medida mais apropriada? É exatamente este o motivo pelos protestos em toda a Europa, ou seja, protestos econômicos e não políticos.
Já em relação a receitas, deve trabalhar mais e arrecadar mais dinheiro para cobrir seus gastos. No caso dos Estados, isso ocorre em duas frentes, aumento de tributos cobrados da população e incentivo à atividade econômica. Mas, como o mercado interno está parado, a saída seria a exportação, sendo que aqui, a questão é outra: exportar para quem? A China, o motor da economia mundial é exportadora e não importadora, a Europa e EUA em crise, então, podemos ver um mercado excelente para as exportações: Brasil e demais emergentes.
Em tempo, não acho os bancos santos ou livre de qualquer parcela de culpa na crise. Entretanto, a maior culpa dos bancos foi de não ter cortado o crédito para os países perdulários antes, esperando até o último minuto para isto.

Texto com colaboração de Miguel Amaral.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Retrocesso na FURB Federal


Infelizmente, no dia 28 de novembro passado, tivemos uma notícia ruim, mas esperada, sobre o processo de Federalização da FURB. Dos dois processos que corriam em paralelo, a incorporação pela UFSC e a criação da UFVI (Universidade Federal do Vale do Itajaí), um foi quase que plenamente abortado no congresso nacional.
A criação da UFVI estava proposta em um projeto de lei do Senador Leonel Pavan que previa a criação de uma universidade federal em Blumenau (UFVI) e que depois foi feita uma emenda afirmando que os alunos e servidores da FURB seriam incorporados a esta instituição. O problema é que este projeto é e sempre foi inconstitucional, o que já vinha sendo alertado há tempos por várias comissões e já reproduzido por mim em textos passados.
O projeto possui dois grandes problemas, relatados agora no parecer final do deputado Angelo Vanhoni (íntegra pode ser obtida aqui).
O primeiro deles é que o projeto é autorizativo, ou seja, permite que o governo federal crie a instituição. Entretanto, o governo pode criar uma instituição de ensino sem autorização do congresso, logo a lei seria totalmente inócua, pois faculta ao poder executivo criar algo que ele já tem autorização para criar e, caso o governo federal não tome ação alguma, nada aconteceria, pois a lei teria caráter apenas autorizativo.
O segundo problema, e o mais grave deles, é que a criação de uma universidade ou qualquer instituição federal de ensino é de competência exclusiva do poder executivo, pois, segundo o Artigo 61 da Constituição Federal, é de competência exclusiva do(a) Presidente da República as leis que disponham sobre: “a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração”. Me parece claro e extremamente óbvio que a criação de uma universidade demanda na criação de cargos, funções e empregos públicos. Em virtude disto, o projeto é inconstitucional.
Sendo assim, o projeto foi alterado para uma indicação ao Ministério da Educação de que a criação de uma universidade federal em Blumenau é algo urgente e relevante, mas, uma indicação nada mais é do que uma indicação que pode ser aceita ou não e, mesmo se aceita, pode ser executada no curto, médio ou longo prazos.
Agora, a pergunta que tenho para nossos representantes é: os senhores não sabiam que o projeto era inconstitucional ou apenas “jogaram para a plateia” ao defender algo que sabiam que não aconteceria em virtude de futuras eleições?

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A inutilidade das Agências de Classificação de Risco


No mercado financeiro, as agências de classificação de risco foram criadas para ser um instrumento de aconselhamento e análise de mercados estrangeiros, a fim de facilitar investimentos por parte de bancos, fundos de pensão e corretoras locais. Por exemplo, é muito caro para um investidor norte americano avaliar se é seguro investir em títulos do governo tailandês, uruguaio ou turco; logo, se uma agência diz que o risco tailandês é mais alto do que o uruguaio, que, por sua vez é mais alto do que o turco, tal informação facilita e muito a alocação de investimentos.
Tais agências funcionaram bem quando da normalidade do mercado, porém, já desde as crises dos anos 90 e mais fortemente na crise do século XXI, que vem desde 2008, estas agências não foram capaz de detectar problemas com títulos de bancos e de países (títulos soberanos), levando seus detentores a graves perdas.
O maior problema é que as agências, até pelo seu relativo sucesso passado, ficaram extremamente poderosas e uma revisão de notas, principalmente para baixo, gera consequências políticas, muitas vezes de grande magnitude. Logo, o que fazer quando uma agência observa que um título, antes considerado como baixo risco de calote passa a sofrer ataques especulativos do mercado e este país se vê em graves dificuldades para honrar seus compromissos?
Observa-se hoje um agravamento cada vez maior da situação econômica europeia, com governos de países grandes e importantes como Espanha e Itália com enormes dificuldades em rolar as suas dívidas, necessitando de auxílio estatal externo, o chamado fundo europeu para estabilização, visto que o mercado já não mais aceita rolar a dívida a juros baixos. Isto funciona como na nossa vida cotidiana, quanto mais endividado o indivíduo, maior a taxa de juros que precisa pagar ao banco. Porém, quando olhamos as classificações de risco, os títulos italianos, por exemplo, tem uma classificação nível A, que significa baixo risco de não pagamento (para efeito de comparação, a classificação brasileira é B).
Por que então as agências simplesmente não diminuem a classificação de risco destes países, para uma classificação padrão B ou até mesmo C em alguns casos? Basicamente, por dois motivos. O primeiro político, se a classificação piorar muito, as taxas de juros cobradas pelos mercados subiriam mais ainda, aumentando o risco de calote, como uma bola de neve, além de vários fundos de pensão no mundo serem obrigados, por regras internas, a investir apenas em títulos com alta classificação, o que provocaria uma venda em massa destes papéis, caso a reclassificação ocorresse. O segundo é um motivo de imagem, pois uma forte reclassificação para baixo seria como se as agências assumissem que, durante anos, produziram classificações enganosas para seus clientes e, neste mercado, reputação é tudo.
Finalmente, isto está levando a um grande problema para as agências. O mercado não está esperando as agências para reposicionarem suas carteiras de investimento e, o que era para ser um guia para o mercado, está tomando um rumo inverso, com as agências seguindo o mercado e não o contrário.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Marcha contra a corrupção e a Economia

No último dia 15 de novembro foi promovida uma série de marchas contra a corrupção em diversas cidades brasileiras. Neste dia, a população foi às ruas clamando pelo fim de um dos maiores males da política brasileira, a corrupção. O tema é urgente e importantíssimo, pois se calcula que bilhões de reais são desviados por ano, dinheiro este que poderia ser usado na saúde, educação, segurança, obras públicas etc.
No entanto, o resultado ficou muito aquém do ideal. Organizadores do movimento comemoraram algumas centenas de pessoas na rua, o que pode ser razoável em cidades como Blumenau, com 300 mil habitantes, mas péssimo em cidades como São Paulo e Brasília, por exemplo. Ao invés de ficar bradando que o povo brasileiro não tem maturidade política, que somos um país subdesenvolvido e outros discursos prontos, penso que o problema é econômico e não político, ou seja, parafraseando James Carville, “é a economia, estúpido!”.
Estamos vendo uma quantidade extremamente grande de manifestações ao redor do mundo, começando pela primavera árabe, manifestações na Europa e o ocupe Wall Street. Serão manifestações políticas ou econômicas?
A primavera árabe, apesar de ser um movimento contra a ditadura nos países árabes, começou na Tunísia com um desempregado ateando fogo ao seu corpo justamente em protesto contra a falta de emprego. No Egito, protestos já haviam começado pela alta do preço do pão (base da alimentação local). Esta insatisfação econômica levou a uma revolta que ganhou corpo e passou a protestar contra o governo e então acabou contagiando a população, inclusive de outros países árabes, como em um efeito viral.
O movimento europeu já é diferente, 100% econômico. Protesta-se contra muita coisa, mas, principalmente, contra os pacotes de austeridade que incluem reduções de aposentadorias, demissões de funcionários públicos, corte de salários etc. E no último final de semana tivemos um exemplo muito concreto disto. O primeiro ministro da Itália Sílvio Berlusconi só caiu pelo agravamento da crise econômica, não pelas acusações de corrupção ou escândalos em sua vida pessoal.
Finalmente, o movimento ocupe Wall Street, em Manhattan, protesta contra o sistema financeiro, motivados pela grave situação econômica, visto que os bancos estão bem enquanto a população em geral está endividada, sem dinheiro para pagar a hipoteca das casas e tendo que abrir mão do seu padrão econômico de vida.
Já no Brasil, a situação é diferente. A crise econômica ainda não chegou com força por aqui. O desemprego é baixo, a renda da população está melhorando e o crédito continua a se expandir. Quando a situação econômica é boa, o povo tende a esquecer de problemas maiores, como os romanos já conheciam muito bem, com a política do pão e circo (panis et circenses). Logo, pode ser que as marchas não tenham tido a adesão desejada não pela falta de interesse ou maturidade política do povo brasileiro, mas tão somente pela boa situação econômica do país, o que traz um desafio ainda maior para todos aqueles que lutam contra a corrupção e mazelas do nosso país.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Previsão de Produtos Agropecuários para o fim do ano - Trigo


Dando continuidade à série de previsões descritas no blog (http://professorscarpin.blogspot.com/2011/07/previsao-de-produtos-agropecuarios.html), seguem as previsões para a média de preços mensais no mercado de trigo, com base no Preço médio do trigo CEPEA/ESALQ – Estado do Paraná - por tonelada, mercado disponível, a vista.
Os dados mostram uma queda dos preços para dezembro, com uma previsão de R$ 438,94, com uma oscilação forte de preços para cima até maio, voltando a cair em junho de 2012, para fechar em R$ 436,00.
A previsão completa encontra-se no quadro abaixo, onde é possível a extração do arquivo em .pdf.

Previsão de Produtos Agropecuários para o fim do ano - Soja

Dando continuidade à série de previsões descritas no blog (http://professorscarpin.blogspot.com/2011/07/previsao-de-produtos-agropecuarios.html), seguem as previsões para os preços médios mensais no mercado de soja, com base no Indicador CEPEA/ESALQ/BM&FBovespa - Paranaguá, por saca de 60 kg, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI.

Os dados mostram uma leve tendência de alta nos preços para dezembro, com uma previsão de R$49,37. A tendência é de estabilidade no primeiro semestre de 2012, devendo chegar em junho a R$ 49,83.
A previsão completa encontra-se no quadro abaixo, onde é possível a extração do arquivo em .pdf.

Previsão de Produtos Agropecuários para o fim do ano - Milho


Dando continuidade à série de previsões descritas no blog (http://professorscarpin.blogspot.com/2011/07/previsao-de-produtos-agropecuarios.html), seguem as previsões para os preços médios mensais no mercado de milho, com base no Indicador de Preços do MILHO ESALQ/BM&FBovespa, à vista por saca de 60 kg, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP.

Os dados mostram uma redução dos preços para dezembro, com uma previsão de R$ 29,10 para a saca de 60kg, com um leve aumento no começo do ano, mas voltando-se ao patamar de R$ 30,00 no final do primeiro semestre de 2012, caso as condições atuais de mercado se mantenham constantes.
A previsão completa encontra-se no quadro abaixo, onde é possível a extração do arquivo em .pdf.

Previsão de Produtos Agropecuários para o fim do ano - Café

Dando continuidade à série de previsões descritas no blog (http://professorscarpin.blogspot.com/2011/07/previsao-de-produtos-agropecuarios.html), seguem as previsões para o preço médio mensal no mercado de café, com base no Indicador Café Arábica CEPEA/ESALQ para saca de 60kg líqüido, bica corrida, tipo 6, bebida dura para melhor, valor descontado o Prazo de Pagamento pela taxa da NPR, posto na cidade de São Paulo.
Os dados mostram um leve aumento dos preços para dezembro, com uma previsão de R$ 488,15 para a saca de 60kg. A tendência é de aumento de preços até março e uma forte queda a partir daí, chegando a um valor de R$ 428,17, caso não surjam outras variáveis externas para a mudança da curva.
A previsão completa encontra-se no quadro abaixo, onde é possível a extração do arquivo em .pdf.


Previsão de Produtos Agropecuários para o fim do ano - Boi Físico

Dando continuidade à série de previsões descritas no blog (http://professorscarpin.blogspot.com/2011/07/previsao-de-produtos-agropecuarios.html), seguem as previsões para o preço médio mensal no mercado de boi físico, com base na média ponderada do boi gordo no Estado de São Paulo, com Funrural (2,3%).

Os dados mostram uma queda de preços para dezembro, com uma previsão de R$ 93,64. O cenário, a partir daí, mostra um aumento e depois uma quase estabilidade de preços para o primeiro semestre de 2012, devendo chegar em junho a R$ 101,93, caso não surjam outras variáveis externas para a mudança da curva.
A previsão completa encontra-se no quadro abaixo, onde é possível a extração do arquivo em .pdf.

Previsão de Produtos Agropecuários para o fim do ano - Bezerro


Dando continuidade à série de previsões descritas no blog (http://professorscarpin.blogspot.com/2011/07/previsao-de-produtos-agropecuarios.html), seguem as previsões para o preço médio mensal no mercado de bezerros, com base no indicador Indicador Arroz em Casca ESALQ/BM&F Bovespa Mato Grosso do Sul.
Os dados mostram uma leve alta nos preços para dezembro, com uma previsão de R$ 755,31. O cenário continua favorável, pois os preços já estão elevados e devem se manter em torno dos R$ 755,00 até o final do primeiro semestre de 2012, caso não surjam outras variáveis externas para a mudança da curva.
A previsão completa encontra-se no quadro abaixo, onde é possível a extração do arquivo em .pdf.

Previsão de Produtos Agropecuários para o final do ano - Arroz

Dando continuidade à série de previsões descritas no blog (http://professorscarpin.blogspot.com/2011/07/previsao-de-produtos-agropecuarios.html), seguem as previsões para o mercado de algodão, com base no Indicador Arroz em Casca ESALQ/BM&F Bovespa para saca de 50 kg, tipo 1, 58/10, posto indústria Rio Grande do Sul, à vista (Prazo de Pagamento descontado pela taxa CDI/CETIP).
Os dados mostram uma quase estabilidade de preços até o final do ano, com uma previsão de R$ 22,95 para a saca de 50kg. Para o primeiro semestre de 2012, a previsão é de uma quase estabilidade, com preços girando em torno de R$ 25,00 a saca de 50 kg.
A previsão completa encontra-se no quadro abaixo, onde é possível a extração do arquivo em .pdf.


terça-feira, 15 de novembro de 2011

Previsão de Produtos Agropecuários - Algodão - Dezembro de 2011


Dando continuidade à série de previsões descritas no blog (http://professorscarpin.blogspot.com/2011/07/previsao-de-produtos-agropecuarios.html), seguem as previsões para o mercado de algodão, com base no indicador Algodão CEPEA/ESALQ - São Paulo. Os preços estão em centavos de reais por libra-peso. Para converter de centavos de reais para reais, desloque a vírgula duas casas para a esquerda.
Ressalte-se, neste caso que um libra-peso equivale a 0,453597 quilo. Para transformar de libra-peso para arroba, multiplique por 33,069. Para converter de arroba para libra-peso, dividida por 33,069. Para levar libra-peso para kg, multiplique por 2,2046; para tonelada, multiplique este resultado por 1.000.
Os dados mostram uma queda dos preços para dezembro, com uma previsão de R$ 155,21. A tendência é de uma recuperação de preços no primeiro semestre de 2012, devendo chegar a R$175,79 em junho de 2012.
A previsão completa encontra-se no quadro abaixo, onde é possível a extração do arquivo em .pdf.


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Previsão de Preços para o final do ano - Açúcar

Dando continuidade à série de previsões descritas no blog (http://professorscarpin.blogspot.com/2011/07/previsao-de-produtos-agropecuarios.html), seguem as previsões para o mercado de açúcar, com base no indicador Açúcar Cristal CEPEA/ESALQ - São Paulo.
Os dados mostram uma queda dos preços para dezembro, com uma previsão de R$ 58,14 para a saca de 50kg, com impostos e sem frete. Os preços devem oscilar no primeiro semestre, devendo estar a, aproximadamente, R$ 50,00 em junho de 2012.
A previsão completa encontra-se no quadro abaixo, onde é possível a extração do arquivo em .pdf.


Previsão de Preços - Açúcar - dezembro

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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Dia do Basta – a primavera tupiniquim


Nos últimos meses, o mundo vem assistindo a uma quantidade nunca antes vista de protestos. O movimento que começou na Tunísia foi denominado de Primavera Árabe se alastrou pelos países árabes pedindo mais democracia e liberdade.
Entretanto, paralelo a isto, houve o recrudescimento da crise nos países desenvolvidos, principalmente na Europa. Isto fez com que o povo saísse às ruas, com maior rigor e violência nos países mais afetados pela crise, como Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha (apelidados de PIIGS um anagrama que dá quase a palavra “porcos”em inglês), mas aqui não tanto pedindo democracia, mas sim, melhorias na economia.
Finalmente, o mais recente é o movimento Occupy (Ocupe) Wall Street, desta vez mais genérico, que protesta principalmente contra o sistema financeiro americano e também por questões relativas a emprego e demais fatores econômicos.
No Brasil a situação é diferente. Nossas instituições democráticas não estão em risco e a situação econômica é bem mais confortável do que nos países desenvolvidos. Porém, a corrupção no Brasil, que sempre foi mais ou menos endêmica, está chegando a níveis insustentáveis, com escândalos periódicos e que, por incrível que pareça, deixaram de chocar a população, afinal, não é mais “o escândalo” e sim, apenas mais um escândalo que será esquecido rapidamente, pois haverá um próximo logo.
E, para piorar o problema brasileiro, isto não é fruto de um partido ou de um político. O caso brasileiro é endêmico, ou seja, a corrupção não tem partidos e não tem bandeiras e não se restringe a políticos eleitos, mas também a assessores, ministros, secretários etc.
Mas, começamos a ver uma luz no fim do túnel. Diversas cidades brasileiras estão organizando, para o próximo dia 15, feriado de Proclamação da República, o Dia do Basta, uma série de passeatas contra a corrupção brasileira. Este movimento, fortemente baseado nas redes sociais, é totalmente não partidário, o que mostra que, talvez pela primeira vez em anos, a mobilização pública esteja partindo da sociedade e não dos partidos políticos.
Na cidade de Blumenau, o dia do Basta será realizado as 17horas na Rua XV de Novembro, começando na praça do Biergarten (com concentração a partir das 15hrs) e terminando na prefeitura. Os temas a serem levantados e protestados serão, em nível nacional, corrupção como crime hediondo, voto aberto no congresso, constitucionalidade da ficha limpa, ENEM, pensões vitalícias de ex-governadores e 10% do PIB para a educação. Já a nível regional, serão levantados temas como  inércia na recuperação dos desastres de 2008, prestação de contas do dinheiro das enchentes, BR-470, privatização do esgoto, fraudes nas aposentadorias da Alesc, e reforço sobre baixo salários dos professores, fraudes da merenda escolar, licitações fraudulentas de remédios.
Finalmente, no sábado, dia 12 haverá uma manifestação chamada corruptódromo, na escadaria da igreja matriz com a encenação de alguns corruptos conhecidos, para chamar o público para o evento do dia 15. Vale a pena prestigiar e participar.

Invasão de prédios públicos na USP

Segue um texto bem interessante sobre a mais recente invasão dos prédios da USP. Uma visão talvez radical, mas que faz refletir.


8 mentiras que você anda lendo sobre a PM na USP
por Flavio Morgenstern
Quinta-feira, 27 de outubro, houve um confronto entre alunos e policiais na Cidade Universitária, principal campus da USP. Tudo ocorreu porque a polícia recebeu uma denúncia anônima no meio da tarde, e identificando um carro pela placa, autuou em flagrante três estudantes que fumavam maconha no estacionamento da FFLCH, a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas.
Ao tentar levá-los para a delegacia, alunos cercaram a viatura e iniciou-se um arranca-Habermas em que destruíram seis viaturas. Até um cavalete foi jogado contra policiais. Desde então, grupos de alunos discutem se querem ou não a Polícia Militar no campus.
Desde então, dá para perder de vista o número de vezes em que se escreveu que se ouviria “o outro lado”, o que não sai na “mídia”. Os textos com essa tônica pipocaram em número tão brutal que já fica difícil saber o que a tal “mídia” realmente diria, ao invés da visão dos que dizem criticá-la.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Exame da OAB julgado constitucional pelo STF


Esta semana chegou ao STF o julgamento da constitucionalidade do Exame da Ordem dos Advogados do Brasil e, de maneira acertada, os juízes votaram, de maneira unânime, pela sua constitucionalidade.
Os proponentes do recurso alegam que cabe apenas às instituições de ensino superior certificar se o bacharel é apto para exercer a advocacia. Além disso, a obrigatoriedade do exame violaria o direito ao livre exercício da profissão.
Por sua vez, a OAB defende que enquanto não houver critérios mais rígidos para autorizar cursos de Direito e reconhecer os já existentes, o exame serve como um instrumento da sociedade para controlar a qualidade do ensino jurídico no País.
Na alegação do recurso de que cabe apenas às instituições de ensino superior certificar se o bacharel é apto para exercer a advocacia, há que se considerar se esta certificação é bem feita, sendo que os próprios resultados do exame já trazem uma boa pista sobre isto.
Também há os que afirmam que o mercado tira os maus profissionais do mercado. Isto não é plenamente verdadeiro. Quando vou comprar uma roupa, não preciso ser estilista, alfaiate ou costureira para ver se é boa ou não. Entretanto, não consigo ter esta mesma percepção quando vou ao médico, dentista, fisioterapeuta, advogado, quando vou contratar um contador para minha empresa ou quando preciso de um engenheiro para construir minha casa. E o maior problema é que uma roupa defeituosa traz muito menos transtornos para a sociedade do que médicos, dentistas, advogados, contadores ou engenheiros defeituosos. Aliás, é justamente por esta razão que temos as chamadas profissões regulamentadas.
Considerando que o MEC é quem fiscaliza as Instituições de Ensino Superior, seria de sua responsabilidade garantir que todos os alunos saiam aptos a exercer a profissão e serem bons profissionais a ponto de não colocarem a sociedade em risco. Hoje, com os mecanismos existentes, esta fiscalização é impossível e não sei se desejável, visto que cada profissão tem as suas particularidades.
Justamente por conta disto, os conselhos acabam sendo uma boa forma de se avaliar seus pares, julgando, por meio de testes, a aptidão ou não do candidato, aliás, como é feito em diversos países do mundo. Hoje, além da OAB, o Conselho Federal de Contabilidade também possui seu exame e, depois da decisão do STF, creio que outros conselhos proponham leis no mesmo sentido.
Finalmente, as Instituições de Ensino Superior formam bacharéis em direito, bacharéis em ciências contábeis etc, cabendo aos conselhos de classe regularem a profissão de advogado, contador etc.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Blog no Segundo Turno do Prêmio Top Blog 2011

No final da semana passada saiu o resultado da primeira fase do prêmio Top Blog Brasil 2011. O nosso blog foi classificado entre os 100 melhores na categoria de Economia e Finanças.
Agora, vamos ao segundo turno, com a votação indo até o mês de novembro, sendo que os votos do primeiro turno foram zerados, logo, preciso do voto de todos novamente.
Para votar, o procedimento é o mesmo do primeiro turno, basta clicar no selo Top Blog 2011 no lado esquerdo do blog ou ir no link http://www.topblog.com.br/2011/index.php?pg=busca&c_b=23111150 e clicar em votar, preenchendo seu email ou votando pelo twitter.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A maçã vai virar strudel?


Desde a morte de Steve Jobs, muita gente do meio econômico e também de tecnologia se pergunta: a Apple sobreviverá sem seu mentor? Ou, como mencionei no título, será que a maçã vai virar um strudel?
A situação da Apple pode ser relacionada com os problemas de sucessão em empresas familiares, no qual o patriarca morre e a empresa não consegue se manter, pois ela é o seu patriarca. Neste caso, a Apple era frequentemente tratada como a empresa do Steve Jobs, principalmente depois do seu renascimento das cinzas, como uma Fênix, com uma volta triunfal à empresa nos anos 90, depois de ser demitido cerca de dez anos antes.
Nos próximos meses, não vejo problemas com a continuidade da empresa, pois a memória de Steve Jobs estará muito viva na mente dos consumidores, os quais irão relacionar os lançamentos a memória de seu idealizador. Mas, e quando isto se exaurir? E quando novos lançamentos precisarem vir ao mercado? Vi uma entrevista de um executivo da Apple dizendo que Steve Jobs já deixou produtos para os próximos quatro ou cinco anos, o que é uma falácia, pois, por mais visionário que fosse, quatro a cinco anos para empresas como a Apple é uma eternidade em matéria de lançamentos de novos produtos.
A grande questão é analisar o comportamento do consumidor da Apple, sob dois aspectos, a imagem da companhia e a razão da compra dos produtos da companhia.
O consumidor liga a imagem da Apple aos produtos que vende ou à figura de Steve Jobs? Compram produtos por admirar a empresa ou o seu fundador? Creio que muitas pessoas associam a boa imagem da Apple à espetacular figura de Steve Jobs e, caso a Apple não consiga mudar esta imagem, estará em sérios apuros, visto que a imagem de Steve Jobs tende a se manter viva de maneira muito forte no curto prazo, virando uma espécie de mártir dos geeks, mas provavelmente não se sustentará no longo prazo.
A segunda questão relevante é: os consumidores compram os produtos da Apple por sua qualidade ou por status? E se for por status, é por ser um produto da Apple ou do Steve Jobs? A Apple precisará convencer seus clientes que conseguirá manter o nível de status e inovação, mesmo sem Steve Jobs, pois do contrário, o risco aos seus negócios passará a ser eminente.
Se a Apple não conseguir se livrar da figura do seu fundador, veremos a maçã se tornando lentamente em um strudel, que, para quem não conhece, é um doce alemão onde a maçã é cortada em pedaços bem pequenos e finos e, lentamente, vai assando, assando e assando até se tornar um belo e delicioso doce.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Revisão de quota de enchente - o caso de Blumenau-SC


O sistema de cota de enchente foi criado após as enchentes de 1983 e 1984 e consiste no mapeamento das ruas da cidade e na determinação do nível de águas suficiente para alagar as ruas. Por exemplo, onde moro, a cota de enchente é de 10 metros, ou seja, quando o rio Itajaí-Açu chega a 10 metros acima do seu nível normal, a água chega à rua.
Apesar do sistema funcionar muito bem, principalmente graças à parceria, ainda na década de 80, do Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica - DNAEE com a Universidade Regional de Blumenau - FURB, criando o Ceops Centro de Operação do Sistema de Alerta da Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí-Açú, o sistema está com 30 anos de idade e a realidade atual é outra, por mudanças no perfil demográfico da cidade. Prédios foram erguidos onde antigamente havia terrenos baldios ou casas térreas, ruas foram asfaltadas etc.
Isto fez com que a permeabilidade do solo fosse alterada, com cimento e concreto onde antigamente havia terra e vegetação e os reflexos foram sentidos na enchente de setembro deste ano, quando o nível do rio atingiu algumas ruas com até um metro antes do esperado. Pode parecer pouco, mas a população confia tanto no sistema que esta defasagem de um metro (mais ou menos 3 horas) fez com que muitos moradores fossem pegos de surpresa.
Em virtude disto, a revisão das cotas de enchente mostra-se necessária e urgente e será feita pela FURB, em um trabalho conjunto do Ceops, do curso de engenharia civil e da população em geral. Envolverá o mapeamento de 20 pontos nevrálgicos do sistema que possibilitará a revisão das cotas. Em uma primeira fase, o mapeamente será feito observando o nível da enchente do mês passado, até 12,80 metros e, em uma segunda fase, a revisão completa das cotas. A participação da população será fundamental, pois para que o mapeamento seja executado da melhor forma possível será necessário que os técnicos examinem até onde as águas chegaram em setembro deste ano, e assim determinar a nova cota com exatidão.
Esta revisão de cotas proporcionará uma confiança ainda maior no sistema de prevenção de enchentes, melhorando o nível de exatidão das informações prestadas para população, minimizando os danos materiais e, mais importante do que isto, reduzindo ao mínimo as perdas humanas.
Se este exemplo fosse espalhando pelo país, principalmente em cidades localizadas às margens de rios suscetíveis a inundações, haveria uma redução de danos e a convivência ser humano natureza seria mais harmônica. 

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Oktoberfest Blumenau


Hoje começa a Oktoberfest Blumenau 2011, a maior festa alemã das Américas, o principal evento turístico da cidade que movimenta um exército de mais de 500 mil visitantes, entre moradores locais e turistas, que consomem mais de 500 mil litros de chopp a cada ano.
Em minha opinião e aqui falando como um “forasteiro” que mora a apenas cinco anos em Blumenau, a festa é muito bem organizada e muito civilizada. Nos dias de pico, é comum a concentração de 40.000 pessoas nos pavilhões e o nível de brigas e confusões é muito pequeno, pois a quantidade de seguranças, tanto privada quanto da polícia militar, é muito alto e, a qualquer sinal de problema potencial, como subir em mesas, bancos, querer tirar a camisa etc. já são advertidos antes que se alastre na multidão. As filas para compra de ficha, comida ou bebida são relativamente pequenas, raramente fica-se mais do que cinco minutos para conseguir se servir de alguma coisa. O ambiente também é muito limpo e, por incrível que pareça, não há filas nos banheiros, nem nos femininos ou, quando há, é relativamente pequena, devido à enorme quantidade de banheiros, tanto fixos nos pavilhões quanto móveis (químicos).
Além disto, há, em parceria com a Universidade Regional de Blumenau, um programa chamado Kinderhaus, onde as crianças são cadastradas ao chegarem à festa recebendo uma pulseira com o nome dos pais ou responsável e contato telefônico para emergência. Se algum segurança percebe uma criança perdida e não consegue localizar os pais, a criança é encaminhada para um espaço (Kinderhaus ou casa da criança em português) onde há uma equipe de voluntários (alunos) que a entretém com jogos e brincadeiras, enquanto outra equipe entra em contato com os pais pelo número da pulseira. É comum acontecer ocasiões que os pais chegam e as crianças querem ficar brincando ao invés de ir embora. E, como os pais já sabem deste local, é comum os seguranças, ao chegarem na Kinderhaus já encontrarem os pais ali esperando pelos seus filhos. Isto tudo faz com que seja possível aos frequentadores levar a família toda para a festa.
Entretanto, nem tudo são flores. Como a cidade não é grande (300.000 habitantes) e o fluxo de turistas é muito alto, há sempre o conflito entre os moradores locais e os visitantes de fora.
É comum escutar reclamações que a cidade se enche de turista, todos fazem suas necessidades aonde acham pertinentes (talvez mais boato do que fato em si), ficam nas ruas enchendo a cara o dia inteiro, o trânsito fica ainda mais caótico, a prefeitura não se preocupa com os moradores, apenas com os turistas e com a arrecadação de dinheiro. E, finalmente, dizem que a festa acaba e são os moradores da cidade que precisam limpar toda a sujeira da festa.
O que podemos concluir disto tudo? Que a cidade possui uma festa linda, mas que não agrada a todos. Assim como há cariocas que não gostam de carnaval, baianos que não gostam de axé, brasileiros que não gostam de futebol, também há blumenauenses que não gostam da oktoberfest.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Previsão de Produtos Agropecuários - Trigo - Outubro 2011

Dando continuidade à série de previsões descritas no blog (http://professorscarpin.blogspot.com/2011/07/previsao-de-produtos-agropecuarios.html), seguem as previsões para o mercado de algodão, com base no Preço médio do trigo CEPEA/ESALQ – Estado do Paraná - por tonelada, mercado disponível, a vista.
Os dados mostram um alta dos preços para outubro, com uma previsão de R$ 491,05, com uma oscilação forte de preços até o final do ano, fechando em dezembro a 479,06 e uma elevação muito forte em fevereiro de 2011.
A previsão completa encontra-se no quadro abaixo, onde é possível a extração do arquivo em .pdf.

Previsão de Produtos Agropecuários - Soja - Outubro de 2011

Dando continuidade à série de previsões descritas no blog (http://professorscarpin.blogspot.com/2011/07/previsao-de-produtos-agropecuarios.html), seguem as previsões para o mercado de algodão, com base no Indicador CEPEA/ESALQ/BM&FBovespa - Paranaguá, por saca de 60 kg, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI.
Os dados mostram uma leve tendência de alta nos preços para outubro, com uma previsão de R$ 54,85. A tendência é de picos de alta em novembro e depois leve queda em dezembro, com uma previsão de R$ 53,56 ao final do ano.
A previsão completa encontra-se no quadro abaixo, onde é possível a extração do arquivo em .pdf.

Previsão de Preços - Soja outubro

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Previsão de Produtos Agropecuários - Milho - Outubro de 2011


Dando continuidade à série de previsões descritas no blog (http://professorscarpin.blogspot.com/2011/07/previsao-de-produtos-agropecuarios.html), seguem as previsões para o mercado de milho, com base no Indicador de Preços do MILHO ESALQ/BM&FBovespa, à vista por saca de 60 kg, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP.

Os dados mostram uma redução dos preços para outubro, com uma previsão de R$ 31,14 para a saca de 60kg, com tendência de queda dos preços até o final do ano, com uma previsão de R$ 30,14 para dezembro, caso as condições atuais de mercado se mantenham constantes.
A previsão completa encontra-se no quadro abaixo, onde é possível a extração do arquivo em .pdf.

Previsão de preços - Milho outubro

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Previsão de Produtos Agropecuários - Café - Outubro de 2011

Dando continuidade à série de previsões descritas no blog (http://professorscarpin.blogspot.com/2011/07/previsao-de-produtos-agropecuarios.html), seguem as previsões para o mercado de café, com base no Indicador Café Arábica CEPEA/ESALQ para saca de 60kg líqüido, bica corrida, tipo 6, bebida dura para melhor, valor descontado o Prazo de Pagamento pela taxa da NPR, posto na cidade de São Paulo.
Os dados mostram um aumento dos preços para outubro, com uma previsão de R$ 537,69 para a saca de 60kg, mantendo a alta até dezembro, quando deve chegar a R$ 555,30, caso não surjam outras variáveis externas para a mudança da curva.
A previsão completa encontra-se no quadro abaixo, onde é possível a extração do arquivo em .pdf.


Previsão de Preços - Café outubro

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Previsão de Produtos Agropecuários - Boi Físico - Outubro de 2011


Dando continuidade à série de previsões descritas no blog (http://professorscarpin.blogspot.com/2011/07/previsao-de-produtos-agropecuarios.html), seguem as previsões para o mercado de boi físico, com base na média ponderada do boi gordo no Estado de São Paulo, com Funrural (2,3%).
Os dados mostram um aumento de preços para outubro, com uma previsão de R$ 102,54. O cenário, a partir daí, mostra uma quase estabilidade para novembro e uma queda mais abrupta de preços para dezembro, quando deve fechar em torno de R$ 87,50, caso não surjam outras variáveis externas para a mudança da curva.
A previsão completa encontra-se no quadro abaixo, onde é possível a extração do arquivo em .pdf.

Previsão de Produtos Agropecuários - Bezerro - Outubro de 2011

Dando continuidade à série de previsões descritas no blog (http://professorscarpin.blogspot.com/2011/07/previsao-de-produtos-agropecuarios.html), seguem as previsões para o mercado de bezerros, com base no indicador Indicador Arroz em Casca ESALQ/BM&F Bovespa Mato Grosso do Sul.
Os dados mostram uma leve alta nos preços para outubro, com uma previsão de R$ 712,03, uma valorização de 0,15% em relação a setembro. O cenário continua favorável, pois os preços já estão elevados e devem se manter em torno dos R$ 715,00 até dezembro, caso não surjam outras variáveis externas para a mudança da curva.
A previsão completa encontra-se no quadro abaixo, onde é possível a extração do arquivo em .pdf.

Previsão de preços - Bezerro outubro

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terça-feira, 4 de outubro de 2011

Previsão de Produtos Agropecuários - Arroz - Outubro de 2011

Dando continuidade à série de previsões descritas no blog (http://professorscarpin.blogspot.com/2011/07/previsao-de-produtos-agropecuarios.html), seguem as previsões para o mercado de algodão, com base no Indicador Arroz em Casca ESALQ/BM&F Bovespa para saca de 50 kg, tipo 1, 58/10, posto indústria Rio Grande do Sul, à vista (Prazo de Pagamento descontado pela taxa CDI/CETIP).
Os dados mostram uma queda dos preços para outubro, com uma previsão de R$ 22,95 para a saca de 50kg, uma depreciação ainda maior dos preços. Porém, o cenário que era de uma queda ainda maior nos preços não está se confirmando, sendo que os preços estão com a tendência de permanecer por volta dos R$ 23,00 até dezembro, quando deve atingir a marca de R$ 23,14, com previsão de alta para os primeiros meses de 2012, caso não surjam outras variáveis externas para a mudança da curva.
A previsão completa encontra-se no quadro abaixo, onde é possível a extração do arquivo em .pdf.


Previsão de preços - Arroz outubro

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Previsão de Produtos Agropecuários - Algodão - Outubro de 2011

Dando continuidade à série de previsões descritas no blog (http://professorscarpin.blogspot.com/2011/07/previsao-de-produtos-agropecuarios.html), seguem as previsões para o mercado de algodão, com base no indicador Algodão CEPEA/ESALQ - São Paulo. Os preços estão em centavos de reais por libra-peso. Para converter de centavos de reais para reais, desloque a vírgula duas casas para a esquerda.
Ressalte-se, neste caso que um libra-peso equivale a 0,453597 quilo. Para transformar de libra-peso para arroba, multiplique por 33,069. Para converter de arroba para libra-peso, dividida por 33,069. Para levar libra-peso para kg, multiplique por 2,2046; para tonelada, multiplique este resultado por 1.000.
Os dados mostram uma queda dos preços para outubro, com uma previsão de R$ 157,52, uma queda de 11,50% em relação a setembro. A tendência continua de queda até dezembro, devendo chegar a um preço de R$ 170,96 no final do ano.
A previsão completa encontra-se no quadro abaixo, onde é possível a extração do arquivo em .pdf.

Previsão de Preços - Algodão outubro

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Previsão de Preços para Outubro - Açúcar

Dando continuidade à série de previsões descritas no blog (http://professorscarpin.blogspot.com/2011/07/previsao-de-produtos-agropecuarios.html), seguem as previsões para o mercado de açúcar, com base no indicador Açúcar Cristal CEPEA/ESALQ - São Paulo.
Os dados mostram uma continuidade da recuperação dos preços para outubro, com uma previsão de R$ 73,18 para a saca de 50kg, com impostos e sem frete, um aumento de 12,23% em relação a setembro. Entretanto, a tendência, a partir de novembro é de queda de preços, chegando a R$ 57,86 em dezembro.
A previsão completa encontra-se no quadro abaixo, onde é possível a extração do arquivo em .pdf.


Previsão de Preços - Açúcar outubro

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sábado, 1 de outubro de 2011

Lições de mais uma enchente em Santa Catarina


Neste mês de setembro de 2011, houve mais uma enchente na região do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, com saldo foi de 264 deslizamentos, 930 mil pessoas atingidas, 26 mil pessoas desalojadas ou desabrigadas e apenas seis mortes.
Os prejuízos materiais foram muito grandes, mas, poderia ser muito maior, visto que muitos moradores conseguiram levar seus pertences a um lugar seguro. Ressalta-se também o número de mortes proporcionalmente pequeno ao total de pessoas atingidas.
Depois da tragédia de 2008, a cidade mapeou os pontos mais suscetíveis a deslizamentos e, dos 264 deslizamentos desta enchente, 161 deles foram em locais já previstos, o que minimizou e muito a perda de vidas humanas e bens materiais.
Entretanto, nesta enchente o problema maior foram as águas, com o rio subindo 12,50m acima do seu nível normal (dois metros acima da tragédia de 2008), porém sem maiores danos. Isto se deveu a três grandes ações tomadas depois das enchentes da década de 80 (1983 e 1984).
A instalação de um sistema de barragens no Rio Itajaí Açu, o que permite que o rio suba três metros a menos do que se o sistema não existisse. Isto ameniza as cheias do rio.
Implantação de um sistema denominado de cotas de enchente. Equipes de especialistas mapearam as ruas da cidade e foi elaborado um documento que informa quando o rio atingirá cada rua da cidade. Por exemplo, a rua onde moro inunda quando o rio chega a 10 metros acima do seu nível normal. Este documento é público e encontra-se no http://www.blumenau.sc.gov.br/defesa/cotas1.asp? e praticamente todos da cidade sabem a a cota de enchente da sua rua. Além disto, em períodos de enchente, isto é amplamente divulgado pelas TVs e rádios locais.
Finalmente, foi criado, em parceria com a Universidade Regional de Blumenau, um centro chamado Ceops, Centro de Operação do Sistema de Alerta da Bacia do Itajaí, (http://ceops.furb.br/) que tem como função monitorar e, principalmente, prever o nível do rio com base em dados meteorológicos.
Nesta enchente de setembro, todo o sistema funcionou perfeitamente. Na quarta-feira o Ceops já comunicou que a cidade seria inundada na quinta-feira no final da tarde, permanecendo em estado crítico até o final da semana. Este pequeno aviso já acionou todo o sistema de alerta contra enchentes, com a abertura dos abrigos para os possíveis afetados pelas águas (o abrigo do bairro também é algo que todos os moradores conhecem), rádios e TVs locais com coberturas ao vivo, cancelamento de aulas para diminuir o trânsito na cidade, alerta para a população tirar seus pertences de valor das partes baixas de suas casas, alerta para os lojistas guardarem seus estoques em locais seguros etc. Isto fez com que o prejuízo não existisse? É óbvio que não, porém, com certeza foi amenizado.
Enfim, um bom sistema de monitoramento, prevenção e informação, aliado ao treinamento da população local contra catástrofes pode ajudar o ser humano a conviver mais em harmonia com a mãe natureza, minimizando o risco de perdas econômicas e, principalmente, de vidas humanas.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

FURB Federal – Projeto de Lei 7287/2010


Na próxima segunda-feira, dia 03 de outubro haverá na Câmara de Vereadores de Blumenau a Audiência Pública Federalização da FURB, que discutirá o Projeto de Lei de número 7287/2010.
Este projeto não tem relação alguma com o processo de incorporação da FURB pela UFSC que está sendo tratado por comissões de ambas as universidades e sim com a criação da Universidade Federal do Vale do Itajaí (UFVI). Como são coisas distintas, convém explicar as diferenças, para que não haja confusão.
O processo atual de incorporação veio do anúncio da presidenta Dilma Rousseff da implantação de um campus da UFSC na cidade de Blumenau. Logo após este anúncio, aventou-se a possibilidade deste campus nascer a partir da estrutura atual da FURB. Neste cenário, não haveria uma FURB Federal ou uma UFVI e sim a “morte” da FURB e o nascimento de um campus da UFSC em Blumenau, com base na FURB, subordinado ao campus de Florianópolis.
Neste processo atual, há o debate e o intenso trabalho por parte das duas instituições sobre a viabilidade de transferências de cursos, alunos, docentes e servidores técnicos para a UFSC e, sendo viável, qual a melhor forma para fazê-lo.
Já o processo de criação da UFVI, que ainda não foi votado pelo plenário da Câmara de Deputados, estando hoje aguardando Parecer na Comissão de Educação e Cultura (CEC), conforme informações no site da Câmara (http://bit.ly/oTOLq4), defende uma linha alternativa. Pelo projeto, da forma como está hoje, a UFVI nasceria independente da UFSC, sendo uma universidade autônoma, com estatuto próprio etc.
O artigo 6º do projeto de lei diz que “é a UFVI autorizada a receber os estudantes e, através de doação ou cessão, o patrimônio da Universidade Regional de Blumenau”. Isto indica que haverá incorporação completa e plena da FURB pela UFVI? Pelo que está no projeto, em minha opinião não. Entretanto, houve um parecer do deputado Edinho Bez alterando este artigo para contemplar a cessão temporária dos servidores. Muito obrigado Luiz Heinzen pela correção.
Por sua vez, lendo o parecer um outro fato agora me chamou a atenção. O deputado afirma que "quanto à constitucionalidade, entendemos alertar que muitas iniciativas parlamentares semelhantes foram obstadas sob a alegação de vício de iniciativa, por se tratar de matéria submetida à iniciativa privativa do Presidente da República, inclusive quando usada a forma autorizativa, consoante entendimento consubstanciado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania na Súmula de Jurisprudência nº 01, de 1994." Portanto, creio que a discussão passe a ser também jurídica sobre a constitucionalidade ou não da matéria e a obtenção de pareceres de juristas renomados a favor do projeto pode vir a ser fundamental.
Finalmente, o projeto do jeito que está, apesar de contemplar a Federalização da FURB como desejado pela sociedade, há uma séria dúvida quanto à sua constitucionalidade e os dois projetos que hoje estão em voga para a Federalização podem vir a ser excludentes, devendo a sociedade ficar bastante atenta, pois, como diz o ditado, “cachorro com dois donos, morre de fome”.

sábado, 24 de setembro de 2011

Blog disponível em celulares Nokia


É com grande alegria que anuncio que também o blog Contabilidade e Finanças está agora disponível para smartphones Nokia, com o nome de Finanças e Cotidiano.
Basta ir na loja Ovi e procurar pelo nome Financas e Cotidiano e poderá ser baixado um aplicativo que instalará o blog no celular, sendo que o aplicativo, além de trazer as receitas, também já atualiza o conteúdo automaticamente. Quem não quiser, ou não conseguir achar o blog na loja, basta entrar neste endereço e fazer o download: http://store.ovi.com/content/203353.
O aplicativo é gratuito, sem custo algum para o usuário. Infelizmente, nem o sistema da Apple, nem o Android do google permitem a inclusão de aplicativos a não ser por desenvolvedores credenciados.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Feriados da Copa


Na última segunda-feira, dia 19/09, foi enviado ao Congresso o projeto de lei denominado Lei Geral da Copa. Em um de seus artigos (41), está escrito que “a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que sediarão os eventos poderão declarar feriados os dias de sua ocorrência em seu território”.
Não sou fã do alto número de feriados no Brasil, já até escrevi sobre isto (http://professorscarpin.blogspot.com/2010/11/dia-da-consciencia-negra-e-feriados-no.html), porém, infelizmente, esta atitude durante a copa será necessária.
Antes de entrar no mérito da questão, vamos a alguns pontos sobre a logística em uma Copa do Mundo. Os turistas estrangeiros, ao comprar os pacotes para a Copa, recebem hospedagem, ingressos e todos os traslados necessários, ou seja, os torcedores estrangeiros não irão aos jogos de taxi ou transporte público e sim em comboios de ônibus, como é feito com as torcidas organizadas em clássicos regionais.
Além disto, os horários dos jogos são feitos de acordo com o horário europeu e não com o horário local. Logo, os jogos da Copa deverão ser realizados, a princípio, para terminarem, no máximo, às 18hrs, ou seja, 23hrs no horário europeu continental.
E o que isto tem a ver com os feriados? Simples, imaginem comboios de ônibus trafegando em um dia de semana, durante o horário comercial em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro ou Belo Horizonte? O trânsito, já horrível, tornar-se-á caótico. A solução para isto é aumentar e melhorar o transporte público de massa para que os habitantes locais deixem seus carros na garagem e usem o transporte público. Entretanto, uma enorme parte das obras está com seus cronogramas atrasados e, finalmente, o governo parece reconhecer que muitas delas não ficarão prontas a tempo.
Não tendo a alternativa do transporte em massa, o que fazer para o trânsito não ficar caótico durante os jogos e fazer com que torcedores não percam os jogos ou não tenham uma imagem tão negativa do país? Só há uma forma, retirando veículos das ruas.
Existe um boa forma para que as pessoas, por livre e espontânea vontade, deixem seus carros na rua, transformando o dia em um “domingo”, ou seja, em um feriado. Como as pessoas não precisam tirar os carros de casa para ir ao trabalho, escola, compras, bancos etc., o trânsito fica mais fluido e tranquilo, basta ver a maravilha que é o trânsito aos domingos, mesmo nas grandes cidades.
Resumindo, feriados são ruins para a economia, mas, neste caso, é uma medida paliativa e, infelizmente, necessária.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Análise Econômico-Financeira - Avaí Futebol Clube


Como explicado anteriormente (http://professorscarpin.blogspot.com/2011/08/analise-economico-financeira-de-clubes.html), vamos dar sequencia às análises dos clubes de futebol brasileiro, agora com o Avaí Futebol Clube.
O clube está em situação muito ruim em relação ao seu endividamento, correspondendo a 94% dos seus ativos e uma baixíssima capacidade de honrar os compromissos de curto prazo.
Em relação às receitas e despesas, o clube, apesar de um bom aumento nas receitas (52%) comparada a 2009, ainda não consegue gerar resultados positivos, embora com um deficit muito pequeno.
Em relação apenas ao futebol, há um superavit de 6 milhões de reais. Se contarmos as despesas financeiras de 2,3 milhões, ainda há um superávit, mas, quando se olha déficit do restante do clube, da ordem de 4 milhões, ficamos com um déficit total de 700 mil reais.
A análise mais completa encontra-se no arquivo .pdf abaixo.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Blog de Receitas disponível em celulares Nokia


É com grande alegria que anuncio que meu blog, totalmente sem relação com este e que uso como hobby, Receitas do Nego está agora disponível para smartphones Nokia.
Basta ir na loja Ovi e procurar pelo nome do blog que poderá ser baixado um aplicativo que instalará o blog no celular, sendo que o aplicativo, além de trazer as receitas, também já atualiza o conteúdo automaticamente. Quem não quiser, ou não conseguir achar o blog na loja, basta entrar neste endereço e fazer o download: http://store.ovi.com/content/200930.
O aplicativo é gratuito, sem custo algum para o usuário. Infelizmente, nem o sistema da Apple, nem o Android do google permitem a inclusão de aplicativos a não ser por desenvolvedores credenciados.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Furb Federal, mas, e se...

Estamos em meio ao processo de negociação da federalização da Furb, ou, o que é mais provável, a vinda da UFSC para Blumenau, usando a Furb como plataforma de entrada. No enorme movimento popular vindo do Facebook, denominado Sou Pela Furb Federal, que já conta com mais de 30 mil membros, há uma manifestação e uma inquietude de que, ou a Furb é 100% incorporada ou, ou, ou, bem, não existe um ou.
Não se trabalha com outra hipótese ou alternativa. Basicamente, o desejado é que 100% dos servidores continuem servidores públicos municipais cedidos à União e todos os alunos atuais sejam incorporados à UFSC tão logo o processo seja finalizado. Entretanto, tenho algumas questões caso o processo não corra como o desejado.
1. E se a UFSC não quiser todos os cursos da Furb, pelo motivo singelo de não fazer parte da cultura, da história ou até por falta de interesse da UFSC por tais cursos? Será que os servidores e alunos dos cursos não incorporados, manter-se-iam engajados pelo bem maior, que seria a UFSC oferecendo ensino público, gratuito e de qualidade (como se a Furb não tivesse qualidade) em uma boa parcela dos cursos atuais da Furb? 
2. E se a UFSC não aceitasse servidores municipais em seus quadros, oferecendo um período de transição (cinco anos, por exemplo) para que os atuais servidores fizessem concurso público federal? Será que os servidores da Furb aceitariam correr este risco e ainda assim apoiariam a causa pelo bem maior? Só para fundamentar o que digo, em universidades federais, os concursos para docentes são abertos para candidatos com titulação de doutor e, apenas em caso de não haver algum inscrito, abre-se um novo concurso para mestres e caso não haja mestres inscritos, abre-se para especialista. 
3. E se os atuais alunos não forem contemplados, visto que não prestaram vestibular para a UFSC e sim para a Furb? Neste modelo, os alunos atuais terminariam seus cursos como alunos da Furb, havendo, no curto prazo, alunos UFSC e Furb dividindo o mesmo espaço acadêmico. Será que os atuais acadêmicos continuariam engajados pelo bem maior? Pela enquete que comecei no grupo do facebook na última terça-feira, não fiquei convicto da resposta positiva dos alunos (e não de seus professores) quanto ao engajamento. 
Enfim, creio que a discussão precisa ser mais aberta com muito mais reflexão e análise de cenários e menos mobilização pela mobilização. Radicalização do tipo, ou incorpora-se tudo ou não temos interesse no processo, é um caminho arriscado e perigoso, afinal, pelo anúncio feito pela presidente(a) Dilma, foi determinada a vinda da UFSC para Blumenau, com ou sem a Furb no processo.
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