quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Presente de Natal – Sonho ou pesadelo?


Fim de ano chegando e hoje vamos apresentar um texto mais leve, com alguns conselhos úteis e práticos para que o Natal não transforme o ano de 2011 em um pesadelo financeiro. O Natal é uma data festiva no mundo inteiro, onde nos congratulamos e trocamos presentes. Muitos dizem que o Natal virou uma data de louvor ao consumismo, com o interesse maior no aspecto material da troca de presentes do que com o espiritual da celebração do nascimento do menino Jesus.
Não quero entrar neste debate, mas que o consumismo existe no Natal é um fato inegável. E não é privilégio apenas do Brasil, é um fenômeno mundial. E qual o efeito econômico desta data nas nossas finanças?
No Natal sempre existe aquela longa lista de presentes e lembrancinhas a comprar. Afinal, como não presentearmos nossos pais, filhos, cônjuge, namorado ou namorada, sobrinhos, patrões ou ainda colegas de trabalho em festinhas de final de ano, sem falar nos amigos mais próximos.
E como resistir às tentadoras promoções de produtos com descontos atraentes e prazos de pagamento a perder de vista? E às chamadas compras por impulso? Reconheço que a tarefa não é simples e aqui vão dois conselhos para fazer de seu Natal uma data aprazível também às suas finanças.
13º Salário – o que fazer com ele? Primeiramente, pagamento de dívidas. Se há dívidas no cartão de crédito, cheque especial, parcelas atrasadas de alguma compra, pague todas estas dívidas antes de pensar em comprar qualquer coisa. Uma vez que não há dívidas pendentes, recomendo guardar de 10 a 20% para poupança e, com o que sobrar, usar para compra de presentes, viagem com a família etc. Lembre-se que não existe coisa pior do que fazer dívida quando já estamos endividados.
Qual o limite de endividamento? De maneira geral, o consumidor não olha a taxa de juros embutidas nas compras a prazo e sim o valor da parcela. E, quando a parcela é baixa, podemos comprar, pois é barato. Ledo engano. A junção de inúmeras parcelas de baixo valor dá um montante alto que muitas vezes não podemos suportar. Para se manter em um patamar adequado, não é prudente que as parcelas de dívidas de compras a prazo sejam superiores a 10% da renda, assim como as dívidas totais (compras a prazo + financiamentos de longo prazo, como carro e casa própria) não sejam superiores a 30% da renda.
Seguindo estes pequenos conselhos de finanças pessoais, temos tudo para ter um Natal cheio de paz e tranqüilidade, onde as congratulações serão muito maiores do que as dores de cabeça na hora do pagamento dos presentes.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O problema do Álcool Combustível

Nos últimos anos o Brasil produziu uma real mudança no que tange ao programa dos carros Flex. O grande avanço foi a possibilidade de escolha por parte do consumidor, se vai abastecer a álcool ou a gasolina.
No começo, o preço do álcool, agora chamado pelo seu nome químico correto, etanol, era muito convidativo e o boom foi imediato. No governo Lula chegou-se ao ponto de tentar transformar o álcool em commodity, assim como café, algodão, soja etc.
Mas, o que muitos analistas viram e alertaram foram dois problemas principais: da mesma matéria-prima (cana-de-açúcar) podem ser feitos etanol ou açúcar e que isto poderia fazer com que os preços fossem, de certa forma, manipulados. E uma segunda questão, talvez mais grave: poderíamos suprir uma demanda mundial por etanol? E aqui eu vou além, será que os produtores conseguem suprir a NOSSA demanda interna por etanol?
Os motores a álcool consomem, em média, 30% a mais com etanol do que com gasolina. Sendo assim, para o etanol ser mais vantajoso, deve custar 30% a menos do que a gasolina.
O portal Terra lançou um comparativo com os preços médios de álcool e gasolina (http://www.terra.com.br/economia/infograficos/alcool-x-gasolina/index.htm). Dos 27 estados, pasmem, em apenas três deles, São Paulo, Paraná (grandes produtores de cana) e Goiás o etanol é mais vantajoso. O estado onde a diferença é maior é Goiás, com uma diferença média de 37% no preço, ou seja, não é tão vantajoso assim, apenas 7% de diferença real.
O grande desafio para a consolidação e, principalmente, exportação dos modelos Flex com etanol e gasolina é haver uma garantia real de distribuição a preços competitivos o que, hoje, não podemos ainda garantir.
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