Nos meios acadêmicos e mercadológicos, há uma ávida corrida por definições de gerações, seja para estudos acadêmicos, seja para estudos sobre comportamento de consumo. As classificações mais aceitas atualmente derivam-se de letras, com a Geração X com os nascidos entre 1960 e 1980, a Geração Y com os nascidos entre o final da década de 1970 e 2000 e a Geração Z com os nascidos a partir de 1990.
Apesar de haver uma boa confusão conceitual sobre a qual geração os jovens pertencem, há um consenso que, o final da geração X, a geração Y e a geração Z possuem uma característica em comum, a conectividade virtual.
Esta conectividade tem mudado os hábitos de vida e de consumo desta nova geração. Classifico estas mudanças em três linhas, que, embora distintas, possuem o mesmo pano de fundo.
a) Relacionamentos virtuais: hoje, para desespero de alguns pais, é absolutamente normal os jovens terem redes de amigos virtuais, ou seja, pessoas com as quais há relacionamento por semelhança de idéias, moda, esportes, música etc., mas um relacionamento onde as pessoas não se conhecem no mundo “real”, não há um relacionamento físico e sim apenas uma troca de relações, no começo em sites de bate-papo e programas de comunicação instantânea (icq, MSN, skype) e atualmente em redes sociais, tais como Orkut, twitter, facebook, myspace, dentre outras. Antigamente, a não muito tempo atrás, para haver uma reunião de amigos, havia a necessidade de um local físico, bar, restaurante, residência etc. Hoje não é raro uma reunião em uma rede social, com pessoas de diversos lugares distintos, bastando para isto, apenas um smartphone ou outro dispositivo portátil.
b) Fidelização a marcas: talvez devido a esta onda de relacionamentos virtuais e da velocidade com que as inovações são trazidas nos tempos de hoje, há uma tendência desta geração trocar de escolhas e marcas muito rápido. Hoje já é comum pessoas consultarem sites de dicas de produtos para decidirem, por meio da opinião alheia, se vão comprar algo ou não e, muitas vezes, fazendo isto em tempo real, procurando um bar ou restaurante que tenha o maior número de dicas favoráveis, usando, para isto, redes de relacionamentos atreladas ao GPS dos smarthpones, tais como Socially, Foursquare etc.
c) Fontes de informação: se nos anos 80 e 90 ter uma quantidade grande de informação era ter uma vasta biblioteca, este conceito simplesmente caiu por terra na geração Y. Hoje, a fonte de informação é pública, gratuita e disponível a um toque em mecanismos de buscas na internet, como Bing, Google, Yahoo etc. E isto vale para informações acadêmicas, hábitos de consumo, melhores lojas para compras, melhores lojas de descontos, melhores restaurante, bares e tudo o mais o que esta geração precisa saber para ter um poder maior de tomar as suas decisões diárias.
Enfim, esta geração Y é muito mais complexa do que aparenta, seja nos relacionamentos pessoais, seja nos hábitos de consumo. Empresas que enxergarem isto de modo mais rápido, tenderão a sair na frente na conquista deste novo e cada vez mais exigente público.
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