No último dia 25 de abril, foi comemorado o Dia do Contabilista, profissional responsável pela contabilidade de toda e qualquer entidade, pública, privada ou sem finalidades lucrativas. Como toda e qualquer profissão, a contabilidade passa por uma série de desafios e oportunidades.
Os desafios da profissão contábil no século XXI são diversos. Nossa legislação tributária é complexa e de muito difícil operacionalização por parte dos profissionais da área contábil; o Brasil está passando por um processo de adaptação de suas normas contábeis às normas internacionais, o que exige uma qualificação ainda maior dos profissionais, principalmente os mais antigos; o avanço da tecnologia de sistemas para a área financeira e contábil está fazendo com que os processos contábeis dentro das empresas se alterem de maneira rápida; e o controle governamental, por meio de notas fiscais eletrônicas e outros mecanismos, exige também um melhor preparo profissional.
Entretanto, vejo boa parte dos desafios não como problemas e sim como oportunidades. É verdade que a adaptação das normas brasileiras às normas internacionais vai eliminar profissionais do mercado, assim como foi na década de 80 com a informatização. Entretanto, os profissionais que sobreviverem no mercado poderão oferecer um serviço de muito mais qualidade com uma conseqüente melhora de remuneração.
Em minha opinião, a maior oportunidade para a profissão contábil está, justamente, no que os empresários mais temem. O maior rigor na fiscalização e o maior controle sobre a emissão de notas fiscais, via notas fiscais eletrônicas, sistema sped etc. Isto vai gerar um efeito nos cofres públicos bastante acentuados, pois as empresas não terão mais o famigerado “caixa 2”. Hoje a contabilidade é vista como um mal necessário, ou como algo que podemos fazer para pagar menos impostos. Entretanto, a contabilidade deveria servir para expressar a real posição econômico-financeira de uma entidade e, assim, auxiliar o gestor na tomada de decisões e, não olhar apenas o aspecto tributário. Neste novo cenário eu tenho esperança que os contabilistas apresentem cada vez mais relatórios efetivos de auxílio à gestão e não apenas guias de recolhimento de impostos aos seus clientes.
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