terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O problema do Álcool Combustível

Nos últimos anos o Brasil produziu uma real mudança no que tange ao programa dos carros Flex. O grande avanço foi a possibilidade de escolha por parte do consumidor, se vai abastecer a álcool ou a gasolina.
No começo, o preço do álcool, agora chamado pelo seu nome químico correto, etanol, era muito convidativo e o boom foi imediato. No governo Lula chegou-se ao ponto de tentar transformar o álcool em commodity, assim como café, algodão, soja etc.
Mas, o que muitos analistas viram e alertaram foram dois problemas principais: da mesma matéria-prima (cana-de-açúcar) podem ser feitos etanol ou açúcar e que isto poderia fazer com que os preços fossem, de certa forma, manipulados. E uma segunda questão, talvez mais grave: poderíamos suprir uma demanda mundial por etanol? E aqui eu vou além, será que os produtores conseguem suprir a NOSSA demanda interna por etanol?
Os motores a álcool consomem, em média, 30% a mais com etanol do que com gasolina. Sendo assim, para o etanol ser mais vantajoso, deve custar 30% a menos do que a gasolina.
O portal Terra lançou um comparativo com os preços médios de álcool e gasolina (http://www.terra.com.br/economia/infograficos/alcool-x-gasolina/index.htm). Dos 27 estados, pasmem, em apenas três deles, São Paulo, Paraná (grandes produtores de cana) e Goiás o etanol é mais vantajoso. O estado onde a diferença é maior é Goiás, com uma diferença média de 37% no preço, ou seja, não é tão vantajoso assim, apenas 7% de diferença real.
O grande desafio para a consolidação e, principalmente, exportação dos modelos Flex com etanol e gasolina é haver uma garantia real de distribuição a preços competitivos o que, hoje, não podemos ainda garantir.

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