sexta-feira, 25 de março de 2011

A força das redes sociais para definir votos - possibilidade de mudança na política brasileira

É comum ouvirmos dizer que um dos maiores problemas do brasileiro é não cobrar seus políticos, com o mesmo ímpeto que tem com os times de futebol do coração. Concordo em partes com isto, mas vejo mudanças na sociedade que me dão esperança de um futuro melhor.
Creio que teremos uma bela mudança quando olharmos nossos políticos como “fornecedores ou prestadores” de um serviço inestimável para todos, a saber: saúde, educação, segurança, infraestrutura, etc. E um paralelo com as mudanças na relação consumidores x empresas pode ajudar e até explicar melhor a situação.
O comportamento econômico das pessoas é estudado pela Economia há décadas, principalmente na Teoria da Agência. De maneira geral, o ser humano tende a tomar decisões que maximizam o seu bem-estar, muitas vezes em detrimento dos outros. E o que isto significa? Basicamente que uma empresa visa o lucro em primeiro lugar e toma as decisões de modo que este seja maximizado. E como nós podemos lutar contra isto? Simples, basta termos ações que façam com que o lucro das empresas possa diminuir. E, como é usual se ouvir, “propaganda é a alma do negócio”. Nada pior para uma empresa que uma divulgação negativa sobre seus produtos, seja a propaganda boca a boca, ou redes sociais: Twitter, Orkut, Facebook, etc. Isto fará com que as empresas se atentem ao comportamento do consumidor e passaram a promover ações que o valorize.
E o que isto tem a ver com a política? O político, ao contrário das empresas, não deseja maximizar seu lucro financeiro, mas sim seu lucro político. De maneira geral, os políticos tomam suas decisões baseadas na perspectiva futura de votos, ou seja, se esta ação vai gerar ou não votos em uma próxima campanha, seja para reeleição ou disputa de outros cargos políticos.
Portanto, aqui vale uma sugestão de como pressionar nossos políticos e como fazer com que eles pensem muito melhor na sociedade. Quando vemos alguma coisa errada, não adianta reclamarmos à toa ou nos conformarmos com “políticos são todos iguais”, mas sim agir. E agir de que forma? Simplesmente deixando claro que, se eles não mudarem atitudes e não honrarem a prestação de serviços que prometeram em suas campanhas, não terão nossos votos nas eleições futuras, pois, caso não atendam aos nossos anseios temos ferramentas, principalmente com as redes sociais e redes de relacionamento pessoal, que podemos utilizar como propaganda negativa de prefeitos, vereadores, deputados etc. Se a sociedade em conjunto se mobilizar, tenho a certeza absoluta que uma mudança acontecerá na classe política brasileira, pois atacaremos seu ponto fraco: o voto.

domingo, 20 de março de 2011

Problemas estruturais da educação brasileira – Estado, Professor e Sociedade


Como professor universitário, vejo diversos discursos e falas, inclusive dentro da própria classe de professores que me deixam, no mínimo, intrigado. Muitos afirmam que são professores por “vocação” e aqui usam o significado mais antigo da palavra que é o de inclinação para o sacerdócio, para a vida religiosa. Particularmente, nada contra isto, até admiro quem tem esta vocação, mas sacerdócio indica quase que um voto de pobreza, uma dádiva moral que a pessoa dá em favor dos seus semelhantes.
Esta visão do magistério tem se perpetuado no Brasil, principalmente no magistério para crianças e adolescentes, com reflexo direto na remuneração paga aos professores. É inaceitável o valor pago a eles, muito mais inaceitável ainda a negativa de alguns estados brasileiros de não pagarem nem o piso mínimo nacional.
E qual a conseqüência disto na educação brasileira? Além da má qualidade atual, vejo uma perspectiva ruim, visto que, atualmente, com exceção de algumas carreiras no ensino superior e de algumas escolas particulares, ser professor é uma das últimas alternativas de emprego para os jovens, pois não existe uma profissionalização do ensino brasileiro, seja por falta de vontade política, seja por corporativismo dos atuais professores, seja por comodismo dos pais.
Quando falamos da falta de vontade política, estamos falando de dois problemas, a falta de dinheiro, pois o orçamento público é restrito, mas, principalmente da pouca disposição em lutar contra os próprios sindicatos que representam os professores que muitas vezes atacam as propostas de mudanças no ensino brasileiro, caso percebam que suas responsabilidades possam ser maiores ou que privilégios sejam cortados.
Em virtude disto, há o segundo problema que é o corporativismo que, por incrível que pareça, prejudica a profissionalização da categoria. Todo sindicato quer aumento de salário, aumento de benefícios e diversas outras melhorias, porém, sinto informar que “não há almoço grátis”, aumentar o bônus sem aumentar o ônus correspondente é privilégio, não profissionalização. Em qualquer categoria profissional, os empregados possuem metas e são recompensados quando as atingem e punidos quando não. Um vendedor ganha mais comissão quanto mais vende, um gestor ganha mais promoções quanto melhor seu desempenho para a empresa etc. Porém, quando se fala em atrelar uma parte do salário dos professores com menores taxas de evasão escolar, melhor desempenho em exames nacionais ou algo assim, há o rótulo de reacionário e neoliberal e que a autonomia do professor será destruída, que o ensino tornar-se-á um produto qualquer de mercado e outras gritarias do gênero.
Por último, há o terceiro grande problema: os pais. Sim, os pais e a sociedade. Qual a relação dos pais com a educação dos seus filhos? A relação é direta. Os pais devem monitorar a qualidade da educação oferecida aos seus filhos, seja ela pública ou privada. Quando se compra algum produto e a qualidade não é a que foi prometida, sempre reclamamos diretamente com a empresa ou aos órgãos de defesa do consumidor, porque queremos “exigir nossos direitos”. E quando a educação que os pais “compram” para seus filhos, seja por meio de mensalidade ou dos tributos que são pagos ao governo, não é satisfatória, o que é feito? A maioria dos pais vai dizer: não tenho nada com isto, isto é problema da escola, a culpa é do governo, é assim mesmo e outras desculpas do gênero. E o que deve ser feito? Simples, basta agir como se fosse a compra de outro produto qualquer , um carro, um telefone celular, uma nova TV. Reclame, argumente com a direção da escola, discuta com a associação de pais e mestres (sim, toda escola tem uma), faça uma comissão para se reunir com o prefeito, com a secretaria da educação etc. Isto é fácil? Com certeza não, isto é extremamente trabalhoso. Porém, quem disse que ter filhos seria uma coisa fácil?
Para finalizar, duas questões para reflexão: queremos que nossos filhos aprendam o que a sociedade espera para ter um belo futuro ou o que o professor em sala de aula ou a diretoria da escola julgam ser necessário para ele aprender, sem a devida preocupação com qualidade? E devemos lutar de maneira ativa e participativa para que a educação tenha uma maior qualidade ou será simplesmente “culpa do governo”?

sexta-feira, 4 de março de 2011

Entrevista Finanças Pessoais

No ultimo dia 20 de fevereiro, foi ao ar na TV Galega, uma emissora de TV a Cabo de Blumenau-SC, uma entrevista minha sobre finanças pessoais e cenário econômico para o ano de 2011. Quem tiver interesse, a entrevista encontra-se nos vídeos abaixo:



http://www.youtube.com/watch?v=mOitJjlKD8k
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